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Está bem não se estar bem


Vivemos num tempo em que se apregoa demasiado a necessidade de se estar bem e feliz. O tempo todo. E quanto mais melhor!

Tanto, mas tanto, que quando por alguma razão não nos sentimos bem... achamos que temos de ficar o mais rapidamente possível.

Mas não tem de ser assim.

Está bem não se estar bem.

Entrar em contacto com a nossa dor, a nossa tristeza, a nossa raiva, as nossas mágoas, o nosso desalento, a nossa frustração, ou toda e qualquer emoção que apelidamos como "menos boa", pode de facto ser uma experiência profundamente transformadora.

Na verdade, todas as nossas emoções "menos boas" têm em si o potencial de nos mostrar algo que precisa ser olhado.

Se fugirmos, sempre, é como se passássemos ao lado deste potencial.

As nossas emoções nunca estão erradas.

Se sentimos, é porque há um motivo para o sentir. A questão, é o que fazemos com o que estamos a sentir.

Vamos fugir? Vamos afundar-nos na emoção? Vamos projectar sobre o outro (independentemente de quem seja o outro) o que estamos a sentir?

Uma boa regra é pensar "se eu sinto, é porque é meu". O outro, ou a situação externa, pode ter surgido como activador da nossa emoção. Mas a emoção é nossa. E está ali para nos sinalizar que algo precisa ser contemplado dentro de nós.

Pode ser uma ferida antiga, que é tempo de curar. Uma nova aprendizagem que permitirá a libertação de um velho padrão. Um convite para mergulharmos (sem nos afundar!) dentro de nós e buscar a origem do que estamos a sentir.

Esta origem pode ser antiga, muito antiga! Pode ser tão antiga que a nossa mente consciente pode não a recordar. Mas a emoção, e o disponibilizarmo-nos para a compreender, podem de facto abrir a porta de acesso à informação que for necessária e adequada à compreensão e cura do momento.

Por isso... da próxima vez que doer... experimenta sentar-te um pouco com a tua dor, como se se tratasse de uma amiga íntima, e pergunta-lhe "o que tens para me transmitir?".

E depois... abre o teu coração. E acolhe o que surgir.

E com a informação na tua mão, compete-te a ti decidir o que vais fazer com ela.

Com amor e compaixão por ti e pelo teu processo humano, que nem sempre é fácil.

Mas se estás aí, e estás a viver o que estás a viver... é porque tens força para lidar com isso.

E sabes? Vai haver um dia em que vais olhar para trás e pensar "O quanto eu cresci com tudo isto!"

Confia.

A vida cuida de Ti. O tempo todo.

Cristina Gomes

Licenciada em Psicologia | Psicoterapeuta Multidimensional | Florais de Anura | Reiki | Regressão

www.cristinagomesterapias.com

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