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O que dizemos querer e... o que queremos realmente *


O que dizemos querer e... o que queremos realmente.

Qual a diferença entre ambos?

Ouço muitas histórias. Histórias de vida, histórias reais.

De pessoas de carne e osso, como eu e tu.

E sabes uma coisa que observo muitas vezes?

É que há, tantas e tantas vezes, uma discrepância enorme entre aquilo que dizemos querer e o que queremos realmente.

A mente tenta conduzir-nos para o que julgamos e dizemos que queremos mas... cá dentro há uma parte que parece boicotar o que surge.

Essa parte leva-nos parece querer levar-nos em direcção ao que queremos realmente.

E qual é o problema?

O problema é que muitas vezes não sabemos muito bem o que queremos realmente.

Ou pior... achamos que o que queremos realmente é uma coisa totalmente distinta do que aquilo que queremos de verdade.

Julgamos querer uma relação... mas o nosso coração anseia pela liberdade de estar sozinho.

Julgamos que o trabalho que ambicionamos é um... mas na verdade há um desejo na nossa alma de avançar e arriscar numa direcção radicalmente distinta e inovadora.

Julgamos que vivemos no sítio perfeito e nas condições perfeitas... mas há algo que cá dentro se sente profundamente infeliz.

Ter a coragem de parar para auscultar o nosso coração, e o que queremos realmente... nem sempre é fácil. Ou imediato. Ou instantâneo. Ou simples. Mas é tão tão essencial...

A ousadia de parar. De dizer simplesmente "não sei".

Concedermo-nos o tempo para ter a certeza em relação a algo que não é claro.

Não cedermos à pressão da sociedade, da família ou dos nossos próprios ideais em relação ao que a nossa vida é ou deveria ser.

Baseados em quê?

Onde e quando começamos a formular esses ideais?

Será que estamos a repetir histórias, padrões?

Nossos, dos nossos ancestrais, ou quem sabe até de vidas passadas?

Será que andamos a confirmar teorias prévias de que é assim que as coisas funcionam... é assim que as coisas são?

Sugiro-te que faças um exercício agora mesmo.

Pega numa folha de papel, coloca a folha na horizontal e faz uma linha que a divida ao meio.

Do lado esquerdo da folha anota tudo aquilo que dizes querer. A ti, aos outros, em pensamento ou em voz alta.

Para e sente cada item, cada palavra, cada linha que escreveres.

Depois dobra a folha por essa linha de forma a que o que escreveste fique oculto.

Sugiro que te levantes um pouco, circules pela casa ou pelo espaço onde estás. Quem sabe até bebe um chá ou um copo de água. O que for! Mas permite-te fazer uma pausa de pelo menos 10 minutos até à próxima parte do exercício.

Passado esse tempo volta a pegar na folha e respirando fundo pergunta-te "O que quero realmente?" e anota tudo o que surgir. Sem filtros, censuras ou resistências.

Quando terminares levanta-te de novo. Respira fundo. Caminha.

E depois volta de novo à tua folha.

Abre-a.

E olha para ambas as colunas.

O que concluis?

Qual a divergência (ou não) que encontras?

Depois de tirares as tuas conclusões... pergunta-te o que podes começar a fazer agora mesmo para avançares em direcção ao que queres realmente. E para largar o que julgavas querer.

No que julgavas querer... estão todas as mentiras e ilusões a que te tens agarrado. Que contas a ti própria/o ou aos outros. Tens tudo o que não é real.

Estás disposta/o a largar isso?

Cristina Gomes

Psicoterapeuta Multidimensional | Terapeuta de Florais de Anura, Reiki e Regressão

www.cristinagomesterapias.com

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